Com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, cujo foco é o saneamento básico, foi lançada nesta quarta-feira, 10, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016. O evento foi aberto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), e ocorreu na sede da Conferência, em Brasília/DF.
O lema da campanha, que vai alertar sobre o direito de toda a população ao saneamento básico, é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. A campanha abordará, ainda, o desenvolvimento, a saúde integral e a qualidade de vida dos cidadãos.
O arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, ressaltou a importância do tema neste momento de grande atualidade e urgência, em que as pessoas estão expostas ao mosquito aedes aegypit, transmissor da dengue, chikungunyae e zika. “O cuidado da casa comum, pondo em relevo o saneamento básico, não pode ser deixado para depois. Necessita da atenção e dos esforços de todos”, afirmou.
E complementou que “há muita coisa a ser feita por cada pessoa, espontaneamente, e, embora seja sempre muito importante o que cada um pode fazer pessoalmente, nós necessitamos muito da vivência comunitária da Campanha, de iniciativas e de ações comunitárias, então, cada comunidade é convidada a refletir sobre o que fazer em sua realidade local, quais ações comunitárias realizar motivadas por esta Campanha”.
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que participou do lançamento, afirmou que o tema “é muito apropriado ao que se vive no Brasil e em alguns países do mundo” e está intimamente ligado à dignidade, ao combate à pobreza e à saúde pública. Kassab ressaltou que o Brasil está aquém do ideal nos índices de saneamento básico, apesar de ter tido nos últimos anos melhorias em alguns indicadores. Além disso, afirmou que o “Governo Federal fará sua parte num esforço muito grande para dar apoio à essa Campanha da Fraternidade”.
Para o presidente nacional da ABES, Dante Ragazzi Pauli, a iniciativa da CNBB é muito importante para dar continuidade ao processo de engajamento da sociedade e do poder público nas questões do saneamento, um movimento que tomou corpo com a crise hídrica e que a ABES ajudou a desenvolver, através de esclarecimentos à sociedade por meio dos veículos de mídia e encontros que reuniram especialistas sobre diversos temas. “A ABES sempre defendeu que o saneamento deve ser pauta prioritária e que, depois de ter ocupado tanto espaço na mídia em consequência da crise, não deveríamos deixar o assunto desaparecer do debate nacional. Felizmente, constatamos que outras instituições também estão trabalhando para isso. Somente com a união de esforços poderemos mudar o cenário do saneamento no país.”
Leia mais sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 em: http://bit.ly/1JhjIiV