As perdas de água nos sistemas de abastecimento no Brasil correspondem à diferença entre o volume total de água produzido nas estações de tratamento e à soma dos volumes medidos nos hidrômetros instalados nos imóveis dos clientes.
Perdas de Água em Sistemas de Distribuição:
As perdas se dividem em aparentes e reais. Essa distinção é importante, pois as ferramentas para a gestão e para o combate a cada uma das tipologias diferem substancialmente. As perdas aparentes, também chamadas de perdas não físicas ou comerciais, estão relacionadas ao volume de água que foi efetivamente consumido pelo usuário, mas que, por algum motivo, não foi medido ou contabilizado, gerando perda de faturamento ao prestador de serviços. São falhas decorrentes de erros de medição (hidrômetros inoperantes, com submedição, erros de leitura, fraudes, equívocos na calibração dos hidrômetros), ligações clandestinas, by pass irregulares nos ramais das ligações (conhecidos como “gatos”), falhas no cadastro comercial e outras situações. Nesse caso, a água é efetivamente consumida, mas não é faturada pelo prestador de serviços.
Já as perdas reais, também conhecidas como perdas físicas, referem-se a toda água disponibilizada para distribuição que não chega aos consumidores. Essas perdas acontecem por vazamentos em adutoras, redes, ramais, conexões, reservatórios e outras unidades operacionais do sistema. Elas compreendem principalmente os vazamentos em tubulações da rede de distribuição, provocados especialmente pelo excesso de pressão, habitualmente em locais com grande variação topográfica. Os vazamentos estão associados ao estado de conservação das tubulações (materiais utilizados, idade das redes), à qualidade da instalação pela mão de obra executada e à existência de programas de monitoramento de perdas, dentre outros fatores.
Avaliação de Perdas de Água no Brasil:
Prestadores de abrangência local, capitais e estados:
No gráfico abaixo é apresentado os valores do índice médio de perdas na distribuição dos 27 prestadores de serviços de abrangência local de maior porte, participantes do SNIS em 2018, além da média nacional.
Dentre os 27 prestadores de serviços de abrangência local de maior porte, para os quais foi possível calcular o índice de perdas na distribuição, 16 situam-se abaixo da média nacional de 38,5%, representando uma população total residente de aproximadamente 10,4 milhões de habitantes.
Com índices abaixo de 20%, destacam-se os prestadores dos municípios de Campo Grande/MS (19,6%) de Limeira/SP (19,4%), com população residente de 885.711 e 303.682 habitantes, respectivamente. Em ambos os municípios, o serviço é prestado por empresas privadas, Águas Guariroba S.A. (Campo Grande/MS) e BRK Ambiental – Limeira S.A. (Limeira/SP). Por outro lado, os prestadores com índices maiores que 60% são situados nos municípios de Cuiabá/MS (60,7%) e Manaus/AM (75,0%), com população residente de 607.153 e 2.145.444 habitantes, respectivamente. Os municípios também são atendidos por empresas privadas: Águas Cuiabá S.A. (Cuiabá/MS) e Manaus Ambiental (Manaus/AM).
Considerando estes e outros dados apresentados pelo SNIS (2018), há evidências sobre situações de perdas de água por vezes alarmantes, e fica clara a necessidade por parte dos prestadores de serviços de atuarem em ações para a melhoria da gestão, da sustentabilidade da prestação de serviços, da modernização de sistemas e da qualificação dos trabalhadores nos sistemas de distribuição de água. Tais ações são intimamente relacionadas à eficiência da administração e dentre elas enquadra-se o gerenciamento das perdas de água.
App utiliza de inteligência artificial para combater e reduzir as perdas de água
A SmartAcqua é uma solução focada no combate e gestão sistemática das perdas comerciais e físicas da água potável produzida pelas empresas de Saneamento Básico. Os diferenciais do SmartAcqua no combate e gestão das perdas de água potável são focados nos seguintes aspectos:
- Tecnológicos
- Operacionais
- Econômicos
- Sociais e Ambientais
- Estratégicos
Aspectos tecnológicos:
- Implementação do software sem a necessidade de estrutura de TI;
- Integra ou importa dados de quaisquer sistemas comerciais e operacionais;
- Inteligência artificial embarcada de projetos executados com foco no combate a perdas de agua e bases de censo e de dados sócio econômicos;
- Implementação rápida – 4 a 8 semanas.
Aspectos Operacionais:
- Diagnóstico das perdas;
- Potencial de recuperação de perdas comerciais por bairro ou setor, rua e consumidor;
- Potencial de recuperação de perdas físicas por bairro ou setor, por km linear de rede;
- Relatórios Georreferenciados (mapas de calor) de perdas comerciais e físicas;
- Balanço hídrico por cidade, bairro ou setor e rua;
- Viabilidade econômica das ações de combate a perdas comerciais e físicas de água.
Aspectos econômicos:
- Maximização da receita operacional de água e esgoto;
- Minimização de custos operacionais;
- Otimização de recursos operacionais de produção de água;
- Otimização de recursos operacionais no tratamento de esgoto;
Aspectos sociais e ambientais:
- Melhoria e crescimento no abastecimento de água potável;
- Melhoria na saúde pública;
- Viabilização da prática de tarifas justas e adequadas;
- Otimização da retirada de água dos mananciais hídricos.
Aspectos estratégicos:
- Engajamento do consumidor à solução, via aplicativos móvel;
- Engajamento dos funcionários a plataforma, via aplicativo móvel;
- Busca da eficiência operacional/Novo Marco Regulatório;
- A partir de relatórios de “mapas de calor”, definição de DMCs;
- Suporte a medidores inteligentes: Integração com plataformas de IoT (Medição em “near-real-time”).
O App SmartAcqua pode ser acessado por smartphones com sistemas operacionais iOS e Android bastando ser baixado gratuitamente por meio das App Store e Google Play respectivamente, ou visualizado pelo computador (https://smartacqua.com/pt/solucoes/).
Um morador de Piracicaba, interior de São Paulo, por exemplo, pode verificar pelo aplicativo que a sua cidade produz mais de 57,2 milhões de m³ de água por ano, sendo que mais de 28,4 milhões de m³ desse total são perdidos (SNIS 2018). Se houvesse uma redução de 50% dessas perdas, seria possível abastecer mais de 91 mil pessoas por dia, representando para a empresa de saneamento daquela cidade um crescimento da receita operacional da ordem de R$ 29,8 milhões por ano.
Segundo Enéas Ripoli, sócio-fundador e CTO da SmartAcqua, “Essa foi a forma que encontramos de incentivar cada cidadão a ter maior conhecimento sobre como a questão da água vem sendo conduzida em seu município e o que poderia ser feito para combater as perdas e desperdícios desse bem tão precioso”.
Para conhecer mais sobre a SmartAcqua acesse: https://smartacqua.com/pt/pt-home/
Fonte: Portal Saneamento Básico