Fábrica também substituiu copos descartáveis pelos de vidro e caixas de papelão pelas de plástico. Objetivo é tornar a empresa cada dia mais sustentável.
O dono de uma fábrica de biscoitos de Domingos Martins, região Serrana do Espírito Santo, reaproveita as embalagens usadas dos produtos para fazer mudas de plantas e distribuí-las aos moradores da cidade. Além disso, Valter Braun dá exemplo de sustentabilidade ao substituir copos de plástico pelos de vidro e caixas de papelão pelas de plástico.
A ideia de tentar tornar a empresa mais sustentável começou há cerca de quatro anos.
“Quando nós fundamos a nossa empresa, aqui no rio Jucu se fazia canoagem. Hoje, no mesmo lugar, tem vacas pastando. Quando a gente olhou para aquilo, a gente chegou a conclusão de que precisávamos fazer alguma coisa”, explicou Valter.
Então, ele começou a adotar algumas mudanças na rotina de produção. Umas delas foi dar aos funcionários pacotes de biscoito. Depois, eles têm que levar a embalagem de volta para a fábrica.
“Na primeira vez, todo mundo estranha. Não é muito comum a gente levar e trazer. E é um compromisso que a gente tem com o meio ambiente”, explicou o auxiliar de produção, Diogo Lopes.
Os saquinhos usados são reaproveitados para fazer as mudas. E cada funcionário é responsável por uma bandeja de mudas, que é cultivada na própria empresa. Só em 2017, foram mais de 6 mil mudas cultivadas e entregues.
A maioria é de Ypê amarelo, mas também tem Jacarandá e outras espécies, inclusive frutíferas. Com uma caixa, Valter faz as entregas gratuitas ao moradores.
“Não é a primeira vez que eu recebo. Ele já me entregou, já fez doação de mudas, já plantei lá na minha casa. Ele consegue transformar os produtos dele em reciclados e consegue fazer essas mudas e distribuir para toda a população”, disse o advogado José Francisco Pimentel.
Além disso, a fábrica não usa copo de plástico. Cada funcionário tem um copo de vidro, com eu próprio nome. Para transportar os biscoitos, eles optaram por caixas plásticas. Em último caso, usam a de papelão.
Para o empresário, os números são significativos, mas não são o mais importante. “Nós temos que ser aquele beija-flor que levava uma gotícula de água para apagar um grande incêndio e quando perguntaram a ele se ele achava que ia consegui apagar, ele disse ‘talvez não, mas eu pelo menos estou fazendo a minha parte’”, disse Valter.
Fonte: G1