Elas irão armazenar 19,5 bilhões de litros de água e beneficiar 360 mil pessoas por ano
Para reduzir o impacto negativo de futuros períodos de seca, como a que atinge o Espírito Santo atualmente, o governo estadual investirá, pela primeira vez, na construção de 32 barragens. O objetivo é que as obras, orçadas em R$ 20 milhões, fiquem prontas até o final de 2016, beneficiando 360 mil pessoas anualmente.
As barragens já foram licenciadas pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf) e suas licitações deverão ser publicadas entre novembro e dezembro deste ano para que as obras comecem no início do ano que vem. Juntas, elas terão capacidade de armazenar 19,5 bilhões de litros de água.
Conforme explica o secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, as 32 barragens serão de uso coletivo, podendo ser utilizadas para consumo, produção agrícola e industrial. Do total, 26 serão construídas em assentamentos rurais e terão porte médio, isto é, de cinco a 15 hectares de lâmina d’agua. Já as outras seis, de grande porte (acima de 15 hectares) serão estruturadas fora de assentamentos, nas cidades de Pinheiros, São Roque do Canaã, Pancas, Colatina, Marilândia e Sooretama.
Benefícios
Uma das mais representativas é a de Pinheiros, que com uma lâmina d’agua equivalente a 256 campos de futebol, será a maior barragem do Estado. “Ela estava sendo tocada pelo governo federal e pela prefeitura e esteve parada por 12 anos. Semana passada assumimos a obra e vamos concluí-la”, afirmou Octaciano.
Além de acumular água, auxiliando nos períodos de estiagem, as barragens também serão úteis nas cheias, ajudando a regularizar o nível das vazões, explica o secretário, que reforça ainda a importância de ações de reflorestamento em topos de morros e margens de rios de forma concomitante.
Ao todo, o planejamento estratégico elaborado pelo governo prevê a construção de 64 barragens e um investimento de R$ 60 milhões. Segundo Octaciano, as outras 32 obras serão licitadas ao longo de 2016 e 2017, para que estejam concluídas até o final dessa gestão.
O secretário também destaca o aumento do número de licenças concedidas aos proprietários de terras para a construção de seus represamentos em função da redução de burocracias. Com a simplificação, barragens com área de até um hectare e volume de até 10 mil metros cúbicos não precisam mais de licenciamento ambiental. “Até primeiro de setembro deste ano 1.120 barragens já foram licenciadas, enquanto a média histórica era de 70. Isso facilita a vida do produtor”, argumenta Octaciano.
Autor: Maíra Mendonça | mmendonca@redegazeta.com.br
Fonte: GAZETA ONLINE