As queimadas e incêndios florestais no Brasil alcançam todos os anos dimensões gigantescas. São mais de 300 mil focos de queimadas por ano. Deste total, 85% acontecem em áreas da Amazônia Legal, trazendo consequências negativas para os ecossistemas e a biodiversidade, deteriorando a qualidade do ar bem como o causando consequente aumento do processo de erosão do solo. O problema fica ainda mais grave em anos de estiagem.
Segundo nota técnica do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), com dados coletados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), “os dez municípios amazônicos que mais registraram focos de incêndios foram também os que tiveram maiores taxas de desmatamento. Estas cidades são responsáveis por 37% dos focos de calor em 2019 e por 43% do desmatamento registrado até o mês de julho”.
Independentemente de qual seja a fonte de informações, as queimadas existem, não começaram hoje e precisamos ter ações estruturadas para combater este grande problema. A sociedade, o governo e as demais partes interessadas devem formular planos para reduzir os desmatamentos e as queimadas, preservando o meio ambiente e melhorando a qualidade de vida da população.
Diante deste problema, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES manifesta profunda preocupação com o cenário ambiental do Brasil, que tem sofrido diversos reveses nos últimos meses, não só em função do desmatamento e outras consequências da ação humana, como também na forma como estas questões têm sido enfrentadas.
Manifesta ainda preocupação com a desarticulação e desmobilização dos órgãos responsáveis pelo controle e fiscalização ambiental e de ações emergenciais no controle das queimadas,
A ABES reforça a necessidade, mais que nunca, da produção de dados com qualidade e da continuidade das ações de monitoramento ambiental.
Fonte: ABES DN