O setor de tratamento de resíduos industriais no Brasil deve crescer 26% nos próximos cinco anos e atingir a cifra de R$ 16,3 bilhões em negócios no País. A avaliação é da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) com base no estudo da Consultoria Tendências. Para a entidade, o crescimento está ligado às necessidades de investimentos cada vez maiores em gestão ambiental e sustentabilidade.
O mercado brasileiro para a indústria de proteção ambiental em resíduos industriais é estimado atualmente em R$ 13 bilhões, segundo a Abetre. De acordo com o presidente da entidade, Carlos Fernandes, o País precisa, entretanto, de mecanismos de controle mais eficientes para evitar o aumento do passivo ambiental. “Embora a Política Nacional de Resíduos Sólidos tenha sido um avanço na área de regulação, as autoridades ainda carecem de sistemas de controle e fiscalização junto ao setor produtivo brasileiro”, comenta.
“O sistema declaratório, obrigação da PNRS, que está sendo implantado em meio digital em Santa Catarina com a colaboração da Abetre, será uma importante ferramenta para a rastreabilidade de resíduos, trazendo segurança para todos os geradores”, acrescenta.
Fernandes lembra ainda que o Brasil possui tecnologia de ponta e empresas altamente capacitadas para o tratamento de resíduos e recuperação de áreas contaminadas. “O setor privado de tratamento de resíduos no País constituiu-se hoje na solução ambiental mais viável e segura economicamente para as empresas geradoras e para os gestores públicos”, conclui.
Sobre a Abetre
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Fundada em 1997, a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre) congrega as principais empresas especializadas em tecnologias de proteção ambiental em resíduos sólidos, tais como disposição em aterro, co-processamento, incineração e outros tratamentos térmicos ou biológicos. As unidades operacionais de suas associadas e coligadas representam cerca de 25% das plantas em operação, 60% do segmento de resíduos urbanos e 80% do segmento de resíduos industriais em relação aos serviços de destinação prestados por organizações privadas.
Fonte: Revista Meio Ambiente