“A queima do lodo biológico com mix de biomassa é uma alternativa economicamente viável e ambientalmente correta”
A Fibria, empresa de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, busca o constante aprimoramento em seus processos para garantir excelência operacional e um ciclo sustentável de produção. Nesse contexto, a unidade de Três Lagoas (MS) utiliza a queima do lodo biológico para reduzir a necessidade da utilização de aterros industriais.
No passado, o lodo biológico, subproduto do processo de tratamento de efluentes, era classificado como resíduo e descartado no aterro industrial. Com o avanço das tecnologias, a unidade da Fibria em Três Lagoas passou a queimar o lodo junto com a biomassa (subprodutos da madeira), na caldeira de força, mantendo as condições normais de geração de vapor para a produção de energia elétrica limpa que abastece toda a área da Fibria.
“A queima do lodo biológico com mix de biomassa é uma alternativa economicamente viável e ambientalmente correta, visto que a emissão real de gases do efeito estufa é 98% menor do que se a mesma energia fosse gerada com óleo. Esse ciclo de produção sustentável é possibilitado pelas novas tecnologias e investimentos em pesquisas”, diz Eduardo Sidney Ferraz, gerente de Recuperação e Utilidades da Fibria.
Ecoeficiência
O reaproveitamento do lodo biológico contribui para o alcance de uma das metas de longo prazo da Fibria: reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos industriais em aterros.
“A queima desse insumo de valor energético reduz em 50% a utilização do aterro da unidade em operação em Três Lagoas. A utilização desses insumos vem mostrando que a empresa está no caminho para alcançar as suas metas e objetivos para a sustentabilidade do seu negócio”, diz a consultora de Meio Ambiente Industrial, Maria Tereza Borges.
As Metas de Longo Prazo foram instituídas pela Fibria em 2011 com o objetivo de direcionar sua estratégia de negócio e garantir a perenidade e a sustentabilidade da companhia. Elas sinalizam os caminhos que devem ser seguidos pela empresa até 2025.
Energia do Eucalipto
A geração de energia na Fibria é proveniente de dois processos. O primeiro consiste na queima das cascas de eucalipto na caldeira de biomassa, produzindo vapor que aciona turbinas e gera energia. No segundo, a madeira picada é cozida no digestor, separando os componentes lignina (substância que une as fibras da madeira) e a celulose, resultando no licor negro, que é queimado na caldeira de recuperação e gera vapor e energia.
A Fibria vem trabalhando para a maximização do valor de sua floresta plantada e renovável com a utilização do potencial energético da sua matéria-prima, a madeira. Atualmente, na unidade Três Lagoas, mais de 90% da energia gerada é proveniente de fontes renováveis, com a utilização do licor negro, metanol, gases não condensáveis, biomassa e lodo biológico, gerados no processo de produção da celulose.
Dessa forma, a Fibria faz parte de um seleto grupo de 2% das indústrias brasileiras que são autossuficientes na geração de energia elétrica, segundo dados de 2016 da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso.
A companhia possui 969 mil hectares de florestas, sendo 568 mil hectares de florestas plantadas, 338 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental e 63 mil hectares destinados a outros usos. A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países.
Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano, e entra em operação no quarto trimestre de 2017.
Fonte: A Crítica de Campo Grande MS / Portal Tratamento de Água