A Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou, na tarde do dia 7 de novembro, uma nota com informações sobre os reflexos para o Rio Doce do rompimento das barragens de Fundão e Santarém, localizadas na região de Mariana – MG, ocorrido no último dia 5.
Confira o documento completo:
COMUNICADO SOBRE O RIO DOCE
Em decorrência da lamentável ruptura de barramentos com rejeitos de mineração ocorridos em Mariana-MG na tarde do dia 05/11, comunicamos às autoridades e comunidade da Bacia Hidrográfica do Rio Doce:
– Está se propagando no leito do rio Doce uma onda de cheia que passou pela Usina Hidrelétrica de Candonga com uma vazão máxima da ordem de 1900m³/s;
– Nosso monitoramento registrou, para o posto de monitoramento denominado Cachoeira dos Óculos, uma redução substantiva da vazão máxima para algo em torno de 850 m³/s;
– A amortecimento do pico de cheia que ocorrerá nos reservatórioS das UHEs Baguari e Aimorés reduzirá ainda mais a vazão máxima, o que nos permite afirmar que não há risco de inundações nos municípios localizados nas margens do rio Doce;
– Esta onda que se propaga poderá provocar uma alteração abrupta do nível d’água, razão pela qual recomendamos aos usuários que protejam suas instalações de captação durante a passagem da onda de cheias;
– A natureza do resíduo em questão implica em grandes alterações temporárias das características da água bruta, por tempo indeterminável neste momento;
– Recomendamos aos operadores de Sistemas de Abastecimento de Água que interrompam suas captações com o início das alterações nas vazões e que somente as retomem a partir da melhoria das características físico-químicas da água, considerando suas possibilidades de potabilização, e que busquem imediatamente armazenar água, na medida do possível, visando manter o abastecimento durante o período de interrupção;
– A Agência Nacional de Águas está em articulação com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a fim de que se possa amortecer a onda de cheia por meio da operação das UHEs Baguari e Aimorés e esta ação contribuirá não apenas para a redução das vazões como também para a retenção e diluição dos resíduos.
A Agência Nacional de Águas está monitorando a situação e emitirá novos comunicados caso haja necessidade.
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS
Fonte: www.cbhdoce.org.br