BIOCONCRETO QUE SE REGENERA PODE MUDAR CONSTRUÇÕES

Pesquisadores holandeses desenvolveram um novo tipo de concreto, capaz de se regenerar. A novidade foi desenvolvida na Universidade Técnica de Delft e utiliza bactérias.

bioconcreto-950x500
Foto: reprodução

O bioconcreto, como é conhecido, é um material literalmente vivo. Ele é uma mistura de concreto tradicional com bactérias conhecidas como Bacillus pseudofirmus e Sporosarcina pasteurii. Elas são super-resistentes, capazes de sobreviverem em ambientes hostis (como vulcões ativos). Suas colônias vivem por mais de 200 anos desde que existam partículas para se alimentarem.

Na maior parte do tempo, as bactérias ficam inativas. No entanto, quando surge uma fissura, a umidade das chuvas as “acorda” e faz com que procurem alimento, produzindo uma espécie de calcário capaz de fechar rachaduras em até três semanas.

A inovação pode ser usada de três formas: um spray que pode ser jogado em pequenas rachaduras de concreto; uma argamassa para ser aplicada em grandes estruturas e ser misturada na quantidade necessária; ou na utilização direta do bioconcreto. Enquanto o spray já é comercialmente viável, os outros dois ainda estão em fases de teste.

O mercado para o bioconcreto
A inovação tem seus limites. O primeiro é o preço, que ainda é consideravelmente proibitivo. Enquanto o concreto normal custa aproximadamente R$ 300 por metro cúbico, o bioconcreto pode chegar a R$ 428 por metro cúbico.

Além disso, enquanto as bactérias podem cobrir rachaduras de qualquer extensão, as fissuras devem ter largura de, no máximo, 0,8 milímetros.

Leia também:
Urban3D, a empresa que quer imprimir casas populares
Construção sustentável na suíça será autossuficiente em energia
A principal aposta dos pesquisadores está em regiões frágeis, como costeiras e tropicais, que enfrentam muitas tempestades e lidam diariamente com o prejuízo de concreto rachado.

Hendrik Jonkers, criador da invenção, diz ao jornal britânico The Guardian que eles fizeram, por exemplo, um teste em um canal de irrigação no Equador, onde há muitos abalos sísmicos, e a novidade foi bem recebida.

“Nós estamos fazendo testes no mundo todo, principalmente em países em desenvolvimento, onde isso [o bioconcreto] é mais caro que a tecnologia atual, e eles veem o lucro porque podem evitar os custos de reparo.”

 

De fato, há um mercado enorme pela frente, uma vez que o material mais consumido e produzido no mundo, após a água, é o concreto. Até 2030, o crescimento urbano em países como China e Índia nos levarão a produzir 5 bilhões de toneladas de concreto por ano. Hoje, a produção do material é responsável por 8% da emissão de gases poluentes segundo a WWF.

A HealCon, uma organização que pretende utilizar o material, estima que, apenas na União Europeia, se gaste mais de € 6 bilhões em concreto. Se apenas uma parcela adotar o bioconcreto, os cientistas terão muito a comemorar. Veja um pouco mais no vídeo abaixo, em inglês:

 

 

Fonte: www.freetheessence.com.br

1 comentário em “BIOCONCRETO QUE SE REGENERA PODE MUDAR CONSTRUÇÕES”

Deixe um comentário

ABES-ES

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES é uma associação com fins não econômicos, fundada em 1966, que reúne no seu corpo associativo cerca de 10.000 profissionais do setor, e tem como objetivos o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das atividades relacionadas com a Engenharia Sanitária e Ambiental, na busca da melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida da sociedade brasileira.
José Farias, 98/505
Santa Luíza - Vitória/ES
29045-430
Atendimento das 13h30 às 17h30
+55 (27) 998566592
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, seção ES.CNPJ 33 945 015 0017 – 49

Vitória – ES

Contato exclusivo para notas fiscais, documentações, cadastros e trâmites financeiros:
comercial@abes-es.org.br