Com esta proposta, o 1º seminário da ABES-ES sobre o tema e o 1º encontro da CT do estado, realizados no formato presencial, em 30 de junho, com a participação de mais de 200 profissionais, são exemplos de que a divulgação dos conceitos de resíduos sólidos, que consideram a economia circular nos contextos estadual e nacional, pode fazer parte de políticas públicas e desenvolvimento de estudos técnicos na área de saneamento ambiental em benefício de toda a sociedade.
Para debater pontos importantes sobre gestão de resíduos sólidos, tendo como foco a economia circular, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Seção Espírito Santo, por meio de sua Câmara Técnica de Resíduos Sólidos, realizou o 1º Seminário de Seminário de Resíduos Sólidos, no dia 30 de junho.
“A gestão e o gerenciamento dos resíduos são estratégicos quando se trata da economia circular, tendo em vista que toda a logística necessária para retorno do material ao ciclo produtivo requer o envolvimento de procedimentos técnicos, operacionais, normativos e legais estabelecidos para os resíduos. A separação na fonte e a segregação são etapas cruciais para que os resíduos consigam retornar e serem reinseridos em outros ciclos produtivos. Sendo que, além disso, é importante frisar a necessidade de reduzir a geração de resíduos”, informa a engenheira Maria Claudia Lima Couto, vice-presidente da ABES-ES, secretária adjunta da Câmara Temática de Resíduos Sólidos da ABES, coordenadora da Câmara Técnica de Resíduos Sólidos do Espírito Santo (CTRS-ES).
Segundo Maria Claudia, o evento teve como objetivo promover a divulgação dos conceitos de resíduos sólidos considerando a economia circular. “Este primeiro seminário contou com a presença de palestrantes de renome nacional e internacional, representantes do setor público, empresas do setor de reciclagem, de associações de catadores de materiais reaproveitáveis, do Movimento Capixaba de Economia Circular e do Fórum Capixaba de Resíduos Sólidos. Estiveram presentes mais de 200 participantes entre estudantes, professores, profissionais da área de resíduos sólidos, catadores de materiais recicláveis e empreendedores do setor, além de servidores públicos tanto do Estado quanto de municípios”, informa a executiva. Nesta oportunidade também foi realizado o 1º Encontro da Câmara Temática de Resíduos Sólidos do ES.
Mara Claudia enfatiza que a Câmara Temática de Resíduos Sólidos é órgão consultivo da Diretoria Nacional sobre o tema e um espaço de integração temática dos sócios e não sócios da ABES que atuam no setor de resíduos sólidos. Sua atuação baseia-se no comprometimento individual dos profissionais que a compõem e nas ações e discussões das seções estaduais.
Neste âmbito, o papel das Câmaras estaduais é agregar valor às iniciativas da ABES. Maria Claudia informa que a CTRS – ES, por exemplo, iniciou suas atividades em março de 2020 e desde então vem promovendo ações que tem como objetivos: identificar e participar das atividades relativas à gestão dos resíduos no Estado; representar a ABES nos Fóruns Estaduais de Participação e Controle Social na área de resíduos, além de estimular a criação de Grupos de Trabalhos para acompanhar, analisar, estudar, discutir, colaborar na proposta de diretrizes e ações sobre a gestão dos resíduos sólidos juntos aos órgãos estaduais e municipais.
“Nesses dois anos de atuação, a CTRS – ES promoveu vários eventos online com discussão de temas importantes como a Gestão dos resíduos sólidos em tempos de pandemia da covid-19, Gestão de Resíduos de Serviço de Saúde, Compostagem, Coleta Seletiva e Reciclagem, sempre com foco nas ações que estão sendo realizadas no Espírito Santo, visando promover a divulgação do que ocorre no Estado, considerando as discussões dos principais assuntos do cenário nacional”, ressalta Maria Claudia.
Para atender a este objetivo, este ano foi realizado o 1º encontro presencial da CT de Resíduos da ABES-ES junto ao 1º seminário sobre o tema, os quais superaram as expectativas da associação. “Na oportunidade pudemos constatar a demonstração de interesse de vários profissionais de integrarem a câmara temática para desenvolvermos as ações para os próximos anos. Portanto, a expectativa é que possamos promover mais encontros, documentos técnicos e participar de fóruns de debates sobre o tema, contribuindo com o conhecimento técnico que os participantes da câmara técnica possuem”, explica Maria Claudia.
Segundo a engenheira, a constituição da Câmara Técnica de Resíduos Sólidos do Espírito Santo foi uma importante conquista para ABES – ES, pois este assunto é de extrema relevância para o Espírito Santo, que tem se destacado nos últimos anos como referência no setor de resíduos, seja na implementação de políticas públicas como no desenvolvimento de estudos técnicos nas instituições de ensino. “Portanto, temos, no estado, vários profissionais altamente gabaritados, que têm um importante papel de debater e discutir este assunto que envolve toda a sociedade e que pode trazer ganhos significativos quando se trata de sustentabilidade ambiental”, salienta.
Com estas ações em desenvolvimento, na programação da CTRS-ES, a vice-presidente da ABES-ES destaca que ocorrerá, de 23 a 25 de agosto de 2023, em Vitória/ES, a realização do I WNRS – Workshop Nacional de Resíduos Sólidos em conjunto ao XIII SESMA – Seminário Estadual de Saneamento e Meio Ambiente.
CTs da ABES: olhar direcionado nos contextos estadual e nacional
Sobre a importância das Câmaras Temáticas da ABES, Maria Claudia considera que são muito importantes porque elas conseguem congregar profissionais altamente capacitados e atuantes do setor de saneamento, os quais têm contribuído de forma incisiva, promovendo um debate técnico sobre pontos específicos e que necessitam um olhar mais direcionado, tanto no cenário nacional quanto nos estados. “Temos Câmaras Temáticas de Dessalinização e Reúso, Gestão de Perdas e Eficiência Energética, Regulação e Tarifa e de Resíduos Sólidos, dentre outras”, reforça.
Maria Claudia informa que a CT de Resíduos Sólidos está presente em quase todos os estados, o que tem contribuído para promoção de vários debates que ocorrem de forma online, com a participação de profissionais altamente gabaritados. “Além disso, os participantes da CTRS se organizam em Grupos de Trabalho para debates e elaboração de documentos técnicos sobre diversos temas como Logística Reversa, Compostagem e Cobrança Serviços RSU, dentre outros. Os documentos técnicos produzidos pelos participantes dos grupos têm contribuído de forma efetiva para a discussão de vários pontos importantes que merecem um olhar diferenciado, trazendo um debate técnico, o que nem sempre tem sido considerado quando da elaboração de documentos normativos e legais nos Estados e pela União”, observa.
A coordenadora da Câmara Técnica de Resíduos do Espírito Santo lembra que os integrantes das CTRS interagem de forma proativa e colaborativa, organizando-se em grupos de trabalhos considerando as temáticas em quais têm mais afinidades e essa sinergia contribui enormemente para o saneamento ambiental e para a gestão de resíduos. “Esses diferentes olhares propiciam a evolução na gestão do saneamento ambiental e dos resíduos sólidos de forma sustentável considerando os aspectos sociais, econômicos e ambientais”, conclui.
Fonte: ABES DN