Paulo Renato Paim, um dos coordenadores da Câmara Temática de Gestão de Recursos Hídricos da ABES e representante da entidade no CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos, é o novo diretor-presidente da AGERH – Agência de Recursos Hídricos do Espírito Santo, a convite do governador do estado, Paulo Hartung. A nomeação de Paim ocorreu no dia 31 de janeiro de 2015 e a publicação no Diário Oficial, em 02 de fevereiro.
“Um convite irrecusável”, segundo Paulo Paim, que vai integrar um projeto já existente no Governo do Espírito Santo. O estado, que, como toda a Região Sudeste, sofre com a estiagem prolongada, tem uma proposta diretamente voltada para o tratamento da gestão de recursos hídricos, o que fez o representante da ABES aceitar com entusiasmo a nova função.
“É uma proposta fundamentalmente baseada na doutrina do próprio sistema de gestão de recursos hídricos – para que seja implantada na sua integralidade, mostrando que é importante que os comitês de bacias sejam reconhecidos pela sociedade e pelo próprio governo como canais preferenciais de articulação regional”, ressaltou o novo diretor-presidente. “Em decorrência disso, ele reconhece e defende que a gestão da água é sim um trabalho coletivo e participativo.”
Impressionado com a clareza sobre o que Paulo Hartung visa na área de recursos hídricos daquele estado, Paulo Paim salientou que esta característica de governo é imprescindível. Ele destaca o projeto do governo intitulado “Comitê Hídrico”, que é integrado por todas as entidades que trabalham com a água – não só as da área ambiental – e que envolve uma articulação plena entre estas, pela agricultura, pelo desenvolvimento urbano e pelo próprio gabinete do governador.
Hoje, disse Paulo Paim, o Sudeste está amargando uma condição de estiagem grave e que está exigindo dos quatro estados um conjunto de ações emergenciais para que o abastecimento seja mantido, já que é prioritário, de acordo com a lei. “No conjunto destas ações, também há aquelas de racionalidade de uso, inclusive, para o próprio abastecimento da população”, pontuou. “Não é que vamos agora tirar água da agricultura ou da indústria porque o abastecimento é prioritário – não é isto -, mas é fazer, de forma conjunta, com que todos os grandes e os pequenos usuários se comportem adequadamente neste momento”, completou.
A importância deste projeto no contexto do governo de Hartung, conforme enfatiza Paim, é que há uma clareza na necessidade de planejar o uso da água no estado do Espírito Santo. “Isso gera em mim uma condição muito tranquila porque estou chegando onde o conjunto de ações emergenciais está sendo tomado acertadamente – então não preciso me preocupar com isso, mas sim com o médio e o longo prazo”.
Fonte: ABES Nacional